Neutralidade Carbónica: A nova era das normas ISO

🌍 Neutralidade Carbónica: A nova era das normas ISO

A mais recente norma ISO 14068-1 representa um marco importante na transição para a neutralidade carbónica. Este referencial estabelece os princípios e requisitos para demonstrar, de forma transparente e credível, que uma organização, produto ou serviço atingiu a neutralidade climática.

O seu grande valor está na integração com outras normas ISO já consolidadas, criando um ecossistema robusto de gestão de emissões:

🔹 ISO 14064-1 – Quantificação e reporte de emissões de gases com efeito de estufa (GEE)  

🔹 ISO 14064-3 – Validação e verificação de declarações de GEE  

🔹 ISO 14067 – Avaliação da pegada de carbono de produtos

A ISO 14068-1 baseia-se em três pilares fundamentais:

1. Quantificação rigorosa das emissões (âmbitos 1, 2 e 3)  

2. Redução e remoção prioritária das emissões antes de qualquer compensação  

3. Compensação transparente e rastreável apenas para emissões residuais

✅ Esta abordagem integrada reforça a credibilidade das declarações de neutralidade e posiciona as organizações na linha da frente da acção climática e da sustentabilidade.

📣 Está a sua organização preparada para alinhar-se com as melhores práticas internacionais?

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Igualdade salarial

🚨 Directiva Europeia 2023/970: A Igualdade salarial vai ser medida. E exigida.

Aprovada em 2023, esta directiva obriga empresas a garantir igualdade de remuneração entre mulheres e homens por trabalho igual ou de valor igual. A partir de junho de 2026, todas as organizações na UE terão de provar — com dados — que são justas.

📌 O que passa a ser obrigatório:

- Informar faixas salariais nos anúncios de emprego  

- Proibir perguntas sobre histórico salarial  

- Garantir acesso a dados salariais por género  

- Empresas com ≥100 colaboradores devem reportar disparidades salariais e justificar desvios

🎯 Como cumprir e ir além?

A adopção de normas internacionais e nacionais permite estruturar políticas internas, medir impacto e certificar boas práticas:

- ISO 30414 – Gestão de Capital Humano: inclui métricas de equidade salarial, diversidade e inclusão  

- ISO 26000 – Responsabilidade Social: orienta práticas éticas e alinhamento com os ODS  

- ISO 53800 – Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres: reforça políticas de equidade e inclusão  

- NP 4588:2023 – Sistema de Gestão para a Igualdade Remuneratória: norma portuguesa que permite certificar práticas de igualdade salarial

Estas normas ajudam a transformar a conformidade legal em vantagem competitiva — com processos auditáveis, indicadores claros e reconhecimento externo.

🌱 Benefícios para as empresas numa lógica ESG:

- Social (S): Promove inclusão, diversidade e justiça organizacional  

- Governance (G): Aumenta transparência, reduz riscos legais e reputacionais  

- Environmental (E): Empresas justas atraem talentos que impulsionam inovação sustentável

📣 Empresas que adotam normas como a NP 4588 não estão apenas a cumprir a lei — estão a liderar com propósito.  

A igualdade salarial é agora um KPI estratégico. E quem mede, melhora. Quem melhora, lidera.

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ROI em ESG

ROI em ESG: métrica ou miopia?

Estamos a tentar medir uma agenda de longo prazo com um indicador de curto prazo. O ROI clássico responde à pergunta “quanto retorno financeiro directo e rápido recebo?” ESG responde a outra: “como protegemos o valor da empresa contra riscos futuros e criamos vantagem competitiva sustentável?” Confundir os dois leva a decisões que agradam ao curto prazo e comprometem a resiliência.

Três passos práticos para reconciliar ROI e ESG

- Ajuste o objectivo: defina indicadores financeiros e não financeiros (redução de risco, retenção de talento, licença social para operar).  

- Use horizontes temporais múltiplos: combine métricas de curto prazo (eficiências operacionais) com indicadores de médio/longo prazo (exposição ao risco climático, reputação e capital humano).  

- Monetize riscos evitados: transforme cenários de perda em estimativas de valor preservado para comunicar ao decisor.

E já que começámos com a miopia, olhe para esta abordagem de modo sistémico, adoptando sistemas de gestão reconhecidos e reconhecíveis para obter um maior escrutínio e garantir um melhoria contínua. 

Podemos ajudá-lo. Mas isso já é sabido.

Qual ISO para ESG?

ISO14001 ou ISO45001 no âmbito do ESG?

Num mundo em que investidores e outras partes interessadas pedem provas concretas de desempenho ESG, a escolha entre ISO 14001 e ISO 45001 deve partir do risco material da sua actividade. A ISO 14001 estrutura a gestão de impactes ambientais, eficiência de recursos e conformidade legal, reforçando a componente Ambiental do ESG. A ISO 45001 sistematiza saúde e segurança no trabalho, reduz acidentes e absentismo, fortalecendo a componente Social do ESG.

  

Sempre que possível, integre ambas as normas: um sistema de gestão integrado reduz redundâncias, melhora controlos e aumenta credibilidade junto de clientes e investidores. 

Priorize primeiro a norma que trata do risco mais relevante para a sua organização e planeie a integração das restantes a seguir.

Em qual norma o vamos ajudar?

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Sustentabilidade na prática

🇪🇺 Sustentabilidade na prática: o impacto das novas diretivas europeias nas empresas portuguesas

O recente acordo político sobre a Diretiva de Diligência devida em Sustentabilidade Corporativa (#CSDDD) e a já em vigor Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (#CSRD) estão a redesenhar o panorama empresarial europeu — e Portugal não fica de fora.

Embora as novas regras se apliquem directamente apenas às grandes empresas (com mais de 1000 colaboradores e €450M em volume de negócios), as PME portuguesas serão inevitavelmente envolvidas através das cadeias de valor. Grandes grupos terão de garantir que os seus fornecedores — muitas vezes PME nacionais — cumprem padrões ambientais e sociais rigorosos.

🔧 E onde entram os sistemas de gestão?

As empresas terão de:

- Integrar políticas de sustentabilidade nos seus sistemas de gestão de risco e qualidade.

- Mapear riscos ambientais e sociais nas suas operações e fornecedores.

- Monitorizar e reportar impactos com base em indicadores ESG.

- Desenvolver planos de prevenção e correção — alinhados com normas como ISO 14001, ISO 45001 ou SA8000.

📈 Oportunidade para as PME?

Apesar dos desafios, há uma janela estratégica: empresas que anteciparem esta transição com sistemas de gestão robustos estarão mais preparadas para manter contratos com grandes clientes, aceder a financiamento sustentável e reforçar a sua reputação.

A sustentabilidade deixou de ser uma opção — é parte integrante da competitividade.

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